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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Perdão: Um ato de amor


“Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam”. Sl. 86,5”


Ao estarmos vendo frequentemente nos meios de comunicação, os casos mais assoladores de violência que o nosso Brasil enfrenta, podemos nos penalizar momentaneamente. Mas, passados algumas horas, dias, aquilo é normalmente esquecido.



A vivência dos fatos não. Ela nos faz permanecer com a dor mais forte dentro de nós. E a experiência da invasão, do sofrer a violência nos faz conhecer comportamentos nossos que podem ter ficado adormecidos e que jamais pensaríamos ter.

Descobrimo-nos humanos!

E, o pior, descobrimos como é difícil viver a frase: perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Quando rezo o Pai-Nosso digo a Deus que espero que Ele me perdoe na mesma intensidade com que perdoarei a todos os que me fizerem mal.

Então, imediatamente vem à minha mente como perdoar quem me fere? Como emanar sentimentos de amor àqueles que nos invadem a vida? Como ser misericordioso com aqueles que nos tiram a vida?

A vivência real da espiritualidade requer de nós muito mais que nossa humanidade tem condição de oferecer facilmente. Mas, quem disse que ser Cristão é viver em meio à facilidades?

E, é isso que nos faz estar próximos de Deus. Nossas fraquezas, nossos medos, nossa pobre humanidade faz com que precisemos da força e da inspiração da imensa misericórdia do Pai.

Somente o Cristo, Homem-Deus libertador, no momento de dor, de despojamento, de entrega de sua vida por amor, pôde dizer “Pai, perdoa-lhes. Eles não sabem o que fazem.”

Como esquecer nossa dor, nossa perda e pedir ao Pai que ame aqueles a quem não consigo amar? Como pedir ao Pai que dedique mais amor àqueles a quem eu, humano, quero odiar?
Rezando. Comungando. Aceitando. E, percebendo que preciso perdoar para que eu, também, seja perdoado.

Só assim, o ciclo do grande milagre que é ter Deus como Pai se fecha.
Só assim, poderei me ver na figura daquele filho que caminhava cabisbaixo e faminto, após ter-lhe negada a comida dos porcos. Aquele filho caminhava fraco não somente pela fome, mas pelo peso de seus pecados. Ele não podia caminhar mais rápido naquele retorno ao Pai.

Mas, o Pai ao lhe avistar ao longe corre em sua direção.

É assim que a misericórdia de Deus se realiza.

O pecado caminha. A misericórdia corre!
E ainda que, em meus pensamentos, seja difícil amar incondicionalmente, é o exercício desse amor que me fará conseguir.

Não o amor fácil que eu apresento aos meus amigos e àqueles que me amam também. Mas, o amor àqueles que me oferecem dor. O amor incondicional àqueles que pedem o mais forte de mim.

Não somos perfeitos. Estamos em busca disso. È uma busca incessante que se renova no sacrifício do Cristo repetido aos domingos, que se faz pão por aqueles que nem o conhecem, não O seguem e não O amam.

Por: Site Jovens Católicos